terça-feira, 15 de março de 2016

Uso de smartphones antes de dormir pode atrapalhar o sono e prejudicar a saúde

Dormir pouco prejudica a saúde e o coração


Segundo pneumologista do Serviço de Medicina do Sono do HCor, hábito dificulta o adormecimento e afeta a qualidade do repouso noturno.
Hoje em dia é praticamente impossível deixar de ter um smartphone. Afinal, o aparelho traz uma série de facilidades indispensáveis à vida moderna. Porém, nem tudo é assim tão vantajoso. Com inúmeras possibilidades de comunicação disponíveis, os usuários destes cobiçados aparelhos também têm adquirido hábitos prejudiciais à saúde.
Um dos mais comuns é o de dormir cada vez mais tarde por causa das horas de conversa na internet durante a noite ou de madrugada. “Antes dos celulares serem tão avançados, era preciso utilizar um computador para acessar chats e salas de bate papo. Hoje, com os smartphones, é possível ter na palma da mão todas as funções de um notebook, por exemplo. Esse conforto tem feito com que as pessoas, literalmente, levem a internet para cama consigo e, como resultado, tenham noites de sono ruins e reduzidas”, diz o pneumologista do Serviço de Medicina do Sono do HCor – Hospital do Coração, Dr. Pedro Genta.
O Dr. Genta explica que mais do que simplesmente distrair as pessoas e fazê-las perder a noção do tempo, o uso de celulares – e também de tablets –, antes de dormir, deixa o indivíduo constantemente atento, em função das buscas que realiza ou das novas mensagens que recebe, o que o impede de relaxar completamente e dormir. O médico acrescenta que outro efeito nocivo provocado por esses dispositivos está relacionado com a luminosidade que eles emitem. “Estudos recentes revelaram que a luz da tela dos smartphones, entre outros eletroeletrônicos, pode inibir a produção de melatonina, cuja função é induzir o cérebro ao sono”, explica o médico.
“Isso ocorre porque o hormônio é produzido como uma reaç&a tilde;o do organismo à escuridão. Com a presença de luzes próximas à retina, durante a noite, a produção de melatonina é inibida e o indivíduo pode acabar desenvolvendo insônia, cujos efeitos também podem dificultar o adormecimento e afetar a qualidade do sono”, acrescenta o pneumologista do HCor.
O Dr. Genta alerta que dormir menos do que o necessário pode não só gerar sonolência, dificuldade de concentração, irritabilidade e aumento do apetite, mas também afetar o sistema cardiovascular. Afinal, essa condição favorece o surgimento de problemas como hipertensão, diabetes e obesidade, cuja ocorrência está entre os principais fatores de risco para infartos e AVCs. “Enquanto estamos dormindo todo o nosso organismo passa por um período de descanso e restabelecimento. Com o coração não é diferente. Durante o sono, tanto a frequência cardíaca, quanto a pressão arterial são reduzidas”, explica o médico. “Portanto, é necessário que todo indivíduo tenha no mínimo sete horas de sono de boa qualidade, por dia, para manter o coração saudável e viver bem de maneira geral”, recomenda.

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