terça-feira, 20 de dezembro de 2011






Sono, importante aliado da saúde


Confira a entrevista dada ao HCor pelo Dr. Pedro Rodrigues Genta:



Nos últimos anos tem aumentado a preocupação e a atenção em torno do sono. Dormir bem deixou de ser uma simples condição que determina o estado de ânimo e de disposição para enfrentar as tarefas do dia. Hoje a medicina se debruça sobre a quantidade e qualidade do sono, pois se uma boa noite de sono ajuda  a manter o organismo em equilíbrio, uma noite mal dormida pode, em contrapartida, ser prejudicial. Diversos distúrbios do sono podem prejudicar a qualidade do sono e agravar o risco de determinadas doenças. Entre os distúrbios mais comuns estão a apneia do sono, a insônia e a privação do sono.
De início, conforme alerta o Dr. Pedro Genta, pneumologista do Centro de Medicina do Sono do HCor, o tempo necessário de sono varia de pessoa a pessoa. “A maioria dos adultos tem necessidade de dormir de sete a oito horas, mas algumas pessoas podem precisar de até dez horas, enquanto para outras de cinco a seis são suficientes”, explica o médico. 
Na lista de doenças associadas ao sono, a apneia é uma das mais frequentes e atinge uma parcela expressiva da população. Embora afete diretamente a qualidade do sono, muitas vezes não merece a devida atenção. De acordo com o Dr. Genta, cerca de 30% da população sofre desse problema. “A prevalência é crescente até os 70 anos, mas a ocorrência em crianças entre 3 e 8 anos também é elevada”, esclarece o especialista do HCor. Segundo explica, o primeiro indício dessa doença é o ronco alto e frequente.
Excesso de peso, sedentarismo e tabagismo são os três fatores de risco mais impactantes nos adultos, nessa ordem. Perder peso por meio de uma dieta adequada, realizar atividade física regular e abandonar o tabagismo são, portanto, as medidas mais aconselháveis.
Além da apneia, sono insuficiente e de má qualidade produz uma série de problemas para a saúde, como fadiga, prejuízo de memória, risco maior de transtornos psicológicos e de outras doenças – incluindo hipertensão arterial, infarto e acidente vascular cerebral -, além de incômodos na vida social e profissional. Por essa razão, o Dr. Genta oferece algumas recomendações que podem auxiliar a melhorar a qualidade do sono, como definir horários regulares para dormir, evitar estímulos excessivos à noite – como jogos, computador e televisão -, preferir refeições leves e não praticar atividades físicas à noite.
Uma noite mal dormida não significa, necessariamente, que haja um problema mais sério. Se a dificuldade se repetir, convém procurar orientação médica, pois sono com qualidade é uma condição essencial para a preservação da saúde física e psicológica. E a medicina moderna dispõe de recursos para diagnosticar e tratar esse problema, evitando, assim, que suas consequências se agravem, provocando riscos desnecessários para a sua saúde.

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